sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Esfingolipídeos e Terpenos

Esfingolipídeos 


São formados por uma molécula de um aminoálcool de cadeia longa , a esfingosina cujas ligações duplas possuem configuração "trans". Este aminoálcool é ligado aos ácidos graxos através de uma ligação amida.
São lipídios também importantes na estrutura das membranas biológicas devido ao seu caráter claramente anfipático.
Os derivados de ácidos graxos da esfingosina são conhecidos com ceramidas, as quais são precursoras dos lipídios mais abundantes :

As Esfingomielinas : são ceramidas cujo grupo polar pode ser tanto uma fosfocolina como uma fosfoetanolamina. E compõem de 10 a 20 % dos lipídios de membrana, mas na bainha de mielina são mais abundantes: 
Ex.:

Os Cerebrosídeos : são ceramidas cujas cabeças polares consistem de um único resíduo de açúcar. Eles não possuem grupo fosfato e são, portanto, não iônicos. Os galactocerebrosideos e glicocerebrosideos são os mais comuns:
 Ex.:

 Os Gangliosídeos : são ceramidas ligadas a oligossacarídeos que incluem pelo menos um resíduo de ácido siálico.que são os componentes principais das membranas da superfície celular e compõe 6% dos lipídios cerebrais:
E.:   
Terpenos

Os terpenos são substâncias de origem vegetal e animal que apresentam fórmula química geral (C5H8)n, hidrocarbonetos formados por um conjunto de isoprenos (daí o “n” da fórmula). Geralmente são encontrados em óleos de essências ou como em forma de seus derivados oxigenados, tais como álcooisaldeídoscetonas,ésteres ou ácidos carboxílicos.
Os terpenos estão presentes no nosso cotidiano, uma vez que são muito encontrados (em pequenas quantidades) em seres vivos e desempenham importantes papéis na fisiologia vegetal. Além disso, apresentam grande valor econômico e para a saúde. O betacaroteno, por exemplo, é um tetra terpeno de importância significativa, primeiro pelo seu caráter antioxidante, segundo porque é o precursor da vitamina A, fundamental para uma boa visão. A vitamina D, muito importante para o desenvolvimento dos ossos, também é um terpeno, obtida a partir do colesterol, um triterpeno. Alguns medicamentos têm, em sua composição, terpenos como o óleo de madeira de cedro, o eucaliptol, o mentol, o cineol, o timol, entre outros. A indústria de cosméticos também utiliza terpenos na fabricação de perfumes.
Monoterpenos e sesquitepenos apresentam importantes propriedades terapêuticas. Os primeiros atuam como expectorante solvente de gordura, descongestionante hepático e antimicrobiano. Os segundos têm a função de anti-inflamatórios, e também de descongestionante hepático e anti-infeccioso.
A técnica de extração de terpenos varia de acordo com o órgão em que estão armazenados. O método de Enfloração é utilizado para retirar óleos essenciais de pétalas de flores. Já o método de arraste por vapor de água é empregado na extração de óleos de plantas dessecadas. Quando o objetivo é extrair o óleo para depois industrializá-lo, usa-se o método de extração por solventes orgânicos. Outra técnica muito aplicada é a de prensagem, em que o óleo é extraído de frutos cítricos. Um dos mais modernos métodos de extração é o de CO2 Supercrítico, porém é pouco utilizado devido ao seu alto custo.
Ex.:



Nº de isoprenosFórmulaNomeExemplos
2C10H16monoterpenolimoneno, presente em essências de limão e laranja e os alfa e beta pinenos, principais componentes da essência de terebintina
3C15H24sesquiterpenoszingibereno, encontrado na essência de gengibre, bisaboleno, na essência do limão, essência de camomila. É comum encontra-los também em plantas e animais como agentes de defesa e como componentes de hormônios como o feromônio.
4C20H32diterpenosvitamina A
6C30H48triterpenoscolesterol
8C40H64tetraterpenoscarotenoides e licopenos
Mais de 10
--
politerpenosborracha, guta-percha



quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Alimentos ricos em lipídios


Os lipídios, também chamados gorduras, não têm boa fama. Muito pelo contrário, as recomendações dizem que uma alimentação saudável deve conter uma baixa porcentagem de gorduras. Mas nem todos os alimentos com lipídios são da mesma qualidade, por isso é preciso conhecer quais são os alimentos ricos em lipídios e, por sua vez, ter em mente que alimentos contêm lipídios benéficos e quais não.
Os lipídios, também conhecidos como gorduras ou ácidos graxos, são necessários para um bom funcionamento orgânico. Estes devem estar incluídos na dieta diária em uma porcentagem de entre 25 - 30% do valor calórico total. 
O mais importante a levar em conta com os lipídios é a qualidade dos mesmos. Para isso é importante estabelecer uma classificação especial e quais alimentos contêm essas gorduras.


Classificação de ácidos graxos



Lipídios saturados: são aqueles que têm apenas ligações simples. 
Lipídios monoinsaturados: são aquelas gorduras que têm apenas uma ligação dupla de carbono. Por exemplo ácido ômega 9. 
Lipídios poliinsaturados: são aqueles que possuem várias ligações duplas entre seus carbonos. Por exemplo: ácido ômega 3 e ácido ômega 6.


Alimentos com lipídios



Alimentos que contêm lipídios saturados: são aqueles que provêm dos alimentos de origem animal, tais como: alimentos inteiros, manteiga, gordura, carnes com gordura, queijos gordurosos, toucinho, frios ou embutidos, creme de leite, sorvetes de creme. Também é possível encontrar gorduras saturadas em alimentos como óleo de coco ou azeite de dendê. Um excesso de consumo destes alimentos pode aumentar de maneira significativa os níveis de colesterol LDL ou ruim.






Alimentos que contêm lipídios monoinsaturados: Podem ser encontrados em alimentos de origem vegetal, tais como azeite de oliva e óleo de canola.








Alimentos que contêm lipídios poliinsaturados: podemos mencionar dentro deste grupo o peixe de mar, os óleos de peixe, girassol, milho, soja, nozes, amendoim, amêndoas, castanhas, sementes de linho, chia, sésamo.





Tanto os alimentos ricos em lipídios monoinsaturados como os poliinsaturados são alimentos que ajudam a reduzir o colesterol ruim ou LDL e a aumentar o colesterol bom ou HDL, desta forma estes alimentos reduzem o risco de sofrer doenças cardiovasculares



quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Ácido graxo essencial - Lipídios



Os ácidos graxos essenciais  ou ácidos gordos essenciais  são os ácidos graxos que não são produzidos bioquimicamente pelos seres humanos e devem ser adquiridos da dieta. O termo "àcido graxo essencial" refere-se aos ácidos graxos necessários aos processos biológicos e não à aqueles que funcionam como fonte de energia.

Compreendem duas família: os ómega 3 e os ômega 6. Inicialmente, após a descoberta em 1923 do fato de que se tratavam de nutrientes essenciais, foram designados por vitamina F. Em 1930 Burr e Miller mostraram que eram mais bem classificados comogorduras do que como vitaminas.

Funções


Os efeitos biológicos dos ácidos graxos ω-3 e ω-6 são mediados por suas interações mútuas.
No corpo, ácidos graxos essenciais servem à múltiplas funções. Em cada uma delas, o equilíbrio da dieta entre ω-3 e ω-6 afeta fortemente a função.
  • Eles são modificados para fazer
    • a clássica eicosanoids (afetando inflamação e diversas outras funções celulares)
    • os endocanabinoides (afetando humor, comportamento e inflamação)
    • as lipoxinas que são um grupo de eicosanoids derivativas formadas através do caminho da lipo-oxigenase dos ω-3 e ω-6 (na presença de ácido acetilsalicílico, diminuindo a inflamação)
  • Eles formam tecidos adiposos (influenciando a sinalização celular)
  • Eles agem no DNA (ativando ou inibindo a transcrição de fatores)

Fontes alimentares

Algumas fontes alimentares de ácidos graxos ω-3 e ω-6 são peixes e mariscossemente de linhocannabisóleo de sojaóleo de canolasemente de chia,semente de abóborasemente de girassol, e nozes.
Os Ácidos graxos essenciais participam de diversos processos metabólicos, e há evidência para sugerir que baixo níveis de ácidos graxos essenciais, ou o incorreto equilíbrio de tipos de ácidos graxos, pode ser fator de risco para diversas doenças, incluindo a Osteoporose.
Fontes vegetais de ω-3 não contêm Ácido eicosapentaenoico (EPA) nem Ácido docosa-hexaenoico (DHA). O corpo humano pode (e em caso de uma dieta exclusivamente vegetariana frequentemente deverá, a menos que certas Algas ou suplementos derivados delas sejam consumidos) converter Ácido alfalinolênico‎ (ALA) em EPA e na seqüencia em DHA. Entretanto isto necessita de mais esforço metabolico, o que é tido como a razão para a absorção de ácidos graxos ser maior quando a fonte alimentar é animal ao invés de vegetal.


           




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Carboidratos - Conceitos


Carboidratos



O que são?

 Muitos associam o carboidrato ao açúcar, propriamente dito, mas essa não é a verdade. Carboidratos são quaisquer moléculas que possuem em sua estrutura uma quantidade acima de três carbonos e água; daí o nome de Hidratos de Carbono. Os carboidratos podem ser classificados e divididos em três grupos: carboidratos simples ou açucares, oligossacarídeos e polissacarídeos, tendo como principal os simples( monossacarídeo, dissacarídeos) por ser o mais difundido na natureza.

Carboidratos simples ou açúcares: podem ser monossacarídeos , a forma mais simples de açúcares, ou dissacarídeos, nos quais estão unidos dois monossacarídeos.


Oligossacarídeos: união de três ou mais monossacarídeos . Têm gosto doce e também podem ser considerados açúcares.


Polissacarídeos ou carboidratos complexos: união de um número indefinidamente grande de monossacarídeos. Ao contrário dos açúcares simples ou oligossacarídeos, os polissacarídeos podem ou não ser digeríveis . Os digeríveis  são chamados amidos. Os outros formam parte do grupo conhecido como fibras alimentares ou polissacarídeos não-amidas.

Principais carboidratos:


Frutose (C16H12O6). A frutose é a cetoexose mais importante. Ocorre no mel e nos frutos, dos quais toma o nome, e participa da formação da sacarose, como único constituinte desse polissacarídeo chamado inulina. É sempre encontrada na forma de d-frutose, que é levogira e, por esse motivo, chamada levulose. Obtém-se por hidrólise da inulina, por aquecimento em meio ácido.

Sacarose (C12H22O11). Abundante na natureza, a sacarose ocorre na beterraba e, principalmente na cana-de-açúcar, razão por que é chamada açúcar de cana. É utilizada como alimento e substância adoçante, pelo que tem grande importância econômica. Sua obtenção, nos países tropicais, se dá a partir da cana-de-açúcar. O caldo de cana -- garapa -- é tratado por hidróxido de cálcio ou CO2, a fim de fazer precipitar os ácidos oxálico, cítrico e fosfórico. Elimina-se o excesso de cal borbulhando gás carbônico, com precipitação de carbonato de cálcio. Em seguida, a garapa é concentrada e submetida a cristalização por centrifugação.

Amido (C6H10O5)n. Polissacarídeo que ocorre em grande quantidade no reino vegetal, o amido constitui a substância de reserva das plantas. Pode ocorrer nas sementes (milho, arroz, trigo, feijão etc.), raízes (mandioca) ou caules (batata inglesa). É utilizado como alimento e na fabricação de colas e gomas. O amido é insolúvel em água fria e pouco solúvel em água quente. Sua hidrólise em presença de ácido dá origem à glicose, com formação intermediária de dextrinas (polissacarídeos) e  maltose. 

Glicogênio ou glucogênio (C6H10O5)n. Denomina-se glicogênio o polissacarídeo que ocorre no organismo humano. Constitui substância de reserva e se acumula no fígado. É também chamado amido animal e constitui uma exceção, pois todos os outros açúcares são de origem vegetal.


- Quanto ao grupo orgânico
 Todo carboidrato possui um grupo carbonila, ou seja, apresenta uma dupla ligação de um átomo de carbono a um átomo de oxigênio (C=O). Retomando a química orgânica, quando temos uma carbonila em uma das extremidades da molécula, nós temos um aldeído. Caso a carbonila esteja no carbono central, temos então uma cetona. Partindo deste conceito, os carboidratos podem ser classificados quanto ao grupo orgânico apresentado em sua estrutura.
 Caso tenhamos um aldeído, denominamos aldose. Se o grupo orgânico for uma cetona, temos então uma cetose.

- Quanto ao número de carbonos
  Como dito anteriormente, para que possamos considerar uma molécula como sendo um carboidrato, é preciso que haja mais de três átomos de carbono em sua estrutura. Sendo assim, a medida que acrescentamos átomos de carbono, classificamos de formas diferentes,  sempre com a terminação "ose", como por exemplo: 

3 carbonos = triose
4 carbonos = tetrose
5 carbonos = pentose
6 carbonos= hexose

- Quanto ao número de monômeros
  Já sabemos que monômeros são moléculas capazes de se ligarem umas às outras, dando origem a um polímero. A classificação dos carboidratos quanto ao número de monômeros se dá da seguinte forma:

1 monômero: monossacarídeo
2 monômeros: dissacarídeo
3 monômeros: trissacarídeo
Quantidade razoável de monômeros (10,15 monômeros): oligossacarídeo
Vários monômeros: polissacarídeo

  O principal exemplo de monossacarídeo (que também é uma hexose) é a glicose, fundamental no metabolismo, e que não encontramos em estrutura linear, apenas em forma cíclica, ou seja, há o rompimento de uma ligação carbonila formando a ligação Hemiacetal.


  Já que estamos falando da ligação Hemiacetal, é importante ressaltar das duas formas de ciclização, furanose e piranose. A primeira trata-se de um anel de 5 elementos, menos estável, e ocorre quando uma cetose é colocada em água. A piranose, por sua vez, ocorre quanto colocamos uma aldose em água, e trata-se de um anel de 6 elementos, mais estável.
 Existem duas moléculas de carboidratos que armazenam mais da metade do carbono existente no planeta, e são elas amido e celulose. O amido é um exemplo de polissacarídeo de reserva energética dos vegetais, assim como o glicogênio para os seres humanos. A celulose é componente da parede celular dos vegetais, que só é degrada pela enzima celulase, a qual o homem não possui.

Ligação Glicosídica

 A ligação covalente de "união" entre monômeros é denominada ligação glicosídica. Especificamente, o que ocorre é combinação da hidroxila de um carbono anamérico (carbono ligado ao oxigênio cetal e a uma hidroxila livre) de um monossacarídeo (grupo hemiacetal) com a hidroxila de uma álcool ou com a hidroxila de qualquer carbono de outro monossacarídeo, produzindo água. As valências livres de ambas as moléculas se unem produzindo a ligação glicosídica (-O-) do tipo alfa ou beta.


  Vale ressaltar que se houver um grupo amino (NH2), temos uma ligação N-glicosídica, e não O-glicosídica; e que carboidratos com ligação do tipo beta, nós não ingerimos, ao contrário do amido,por exemplo, que apresenta configuração do tipo alfa.





Fonte: http://biomedicinaemacao-unip.blogspot.com.br/2012/02/carboidratos.html

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Lipídios 





    Os lipídios, também chamados de gorduras, são biomoléculas orgânicas compostas, principalmente, por moléculas de hidrogênio, oxigênio, carbono. Fazem parte ainda da composição dos lipídios outros elementos como, por exemplo, o fósforo.
      Possuem a característica de serem insolúveis na água. Porém, são solúveis nos solventes orgânicos (álcool, éter, benzeno, etc).


Funções dos lipídios no organismo 


Os lipídios possuem quatro funções básicas nos organismos:

  •  Fornecimento de energia para as células. Porém, estas preferem utilizar primeiramente a energia fornecida pelos glicídios.
  •  Alguns tipos de lipídios participam da composição das membranas celulares.
  •   Nos animais endotérmicos, atuam como isolantes térmicos.
  •   Facilitação de determinadas reações químicas que ocorrem no organismo dos seres vivos. Possuem esta função os seguintes lipídios: hormônios sexuais, vitaminas lipossolúveis (vitaminas A, K, D e E) e as prostaglandinas.


Funções dos lipídios nos alimentos 


  • Fonte calórica na dieta (valor energético de 9 cal/g).
  • Agente transportador de calor nas frituras.
  • Aroma, sabor e palatabilidade dos alimentos.
  • Leveza pelo aprisionamento de ar em massas e sorvetes.


Numa dieta balanceada, cerca de 20% das calorias são fornecidas pelas proteínas, 40-60% pelos carboidratos e 20-30% pelas gorduras. 



Conheça um pouco mais sobre os lipídios







Fonte: http://www.biomedicinabrasil.com/2013/05/os-lipideos-nos-alimentos.html
http://www.todabiologia.com/dicionario/lipidios.htm