Carboidratos
O que são?
Muitos
associam o carboidrato ao açúcar, propriamente dito, mas essa não é a
verdade. Carboidratos são quaisquer moléculas que possuem em sua
estrutura uma quantidade acima de três carbonos e água; daí o nome de
Hidratos de Carbono. Os carboidratos podem ser classificados e divididos em três grupos: carboidratos simples ou açucares, oligossacarídeos e polissacarídeos, tendo como principal os simples( monossacarídeo, dissacarídeos) por ser o mais difundido na natureza.
Carboidratos simples ou açúcares: podem ser monossacarídeos , a forma mais simples de açúcares, ou dissacarídeos, nos quais estão unidos dois monossacarídeos.
Oligossacarídeos: união de três ou mais monossacarídeos . Têm gosto doce e também podem ser considerados açúcares.
Polissacarídeos ou carboidratos complexos: união de um número indefinidamente grande de monossacarídeos. Ao contrário dos açúcares simples ou oligossacarídeos, os polissacarídeos podem ou não ser digeríveis . Os digeríveis são chamados amidos. Os outros formam parte do grupo conhecido como fibras alimentares ou polissacarídeos não-amidas.
Principais carboidratos:
Frutose (C16H12O6). A frutose é a cetoexose mais importante. Ocorre no mel e nos frutos, dos quais toma o nome, e participa da formação da sacarose, como único constituinte desse polissacarídeo chamado inulina. É sempre encontrada na forma de d-frutose, que é levogira e, por esse motivo, chamada levulose. Obtém-se por hidrólise da inulina, por aquecimento em meio ácido.
Sacarose (C12H22O11). Abundante na natureza, a sacarose ocorre na beterraba e, principalmente na cana-de-açúcar, razão por que é chamada açúcar de cana. É utilizada como alimento e substância adoçante, pelo que tem grande importância econômica. Sua obtenção, nos países tropicais, se dá a partir da cana-de-açúcar. O caldo de cana -- garapa -- é tratado por hidróxido de cálcio ou CO2, a fim de fazer precipitar os ácidos oxálico, cítrico e fosfórico. Elimina-se o excesso de cal borbulhando gás carbônico, com precipitação de carbonato de cálcio. Em seguida, a garapa é concentrada e submetida a cristalização por centrifugação.
Amido (C6H10O5)n. Polissacarídeo que ocorre em grande quantidade no reino vegetal, o amido constitui a substância de reserva das plantas. Pode ocorrer nas sementes (milho, arroz, trigo, feijão etc.), raízes (mandioca) ou caules (batata inglesa). É utilizado como alimento e na fabricação de colas e gomas. O amido é insolúvel em água fria e pouco solúvel em água quente. Sua hidrólise em presença de ácido dá origem à glicose, com formação intermediária de dextrinas (polissacarídeos) e maltose.
Glicogênio ou glucogênio (C6H10O5)n. Denomina-se glicogênio o polissacarídeo que ocorre no organismo humano. Constitui substância de reserva e se acumula no fígado. É também chamado amido animal e constitui uma exceção, pois todos os outros açúcares são de origem vegetal.
- Quanto ao grupo orgânico
Todo
carboidrato possui um grupo carbonila, ou seja, apresenta uma dupla
ligação de um átomo de carbono a um átomo de oxigênio (C=O). Retomando a
química orgânica, quando temos uma carbonila em uma das extremidades da
molécula, nós temos um aldeído. Caso a carbonila esteja no carbono
central, temos então uma cetona. Partindo deste conceito, os
carboidratos podem ser classificados quanto ao grupo orgânico
apresentado em sua estrutura.
Caso tenhamos um aldeído, denominamos aldose. Se o grupo orgânico for uma cetona, temos então uma cetose.
- Quanto ao número de carbonos
Como dito
anteriormente, para que possamos considerar uma molécula como sendo um
carboidrato, é preciso que haja mais de três átomos de carbono em sua
estrutura. Sendo assim, a medida que acrescentamos átomos de carbono,
classificamos de formas diferentes, sempre com a terminação "ose", como
por exemplo:
3 carbonos = triose
4 carbonos = tetrose
5 carbonos = pentose
6 carbonos= hexose
- Quanto ao número de monômeros
Já sabemos
que monômeros são moléculas capazes de se ligarem umas às outras, dando
origem a um polímero. A classificação dos carboidratos quanto ao número
de monômeros se dá da seguinte forma:
1 monômero: monossacarídeo
2 monômeros: dissacarídeo
3 monômeros: trissacarídeo
Quantidade razoável de monômeros (10,15 monômeros): oligossacarídeo
Vários monômeros: polissacarídeo
O principal
exemplo de monossacarídeo (que também é uma hexose) é a glicose,
fundamental no metabolismo, e que não encontramos em estrutura linear,
apenas em forma cíclica, ou seja, há o rompimento de uma ligação
carbonila formando a ligação Hemiacetal.
Já que
estamos falando da ligação Hemiacetal, é importante ressaltar das duas
formas de ciclização, furanose e piranose. A primeira trata-se de um
anel de 5 elementos, menos estável, e ocorre quando uma cetose é
colocada em água. A piranose, por sua vez, ocorre quanto colocamos uma
aldose em água, e trata-se de um anel de 6 elementos, mais estável.
Existem duas
moléculas de carboidratos que armazenam mais da metade do carbono
existente no planeta, e são elas amido e celulose. O amido é um exemplo
de polissacarídeo de reserva energética dos vegetais, assim como o
glicogênio para os seres humanos. A celulose é componente da parede
celular dos vegetais, que só é degrada pela enzima celulase, a qual o
homem não possui.
Ligação Glicosídica
A ligação covalente de
"união" entre monômeros é denominada ligação glicosídica.
Especificamente, o que ocorre é combinação da hidroxila de um carbono anamérico
(carbono ligado ao oxigênio cetal e a uma hidroxila livre) de um monossacarídeo
(grupo hemiacetal) com a hidroxila de uma álcool ou com a hidroxila de qualquer
carbono de outro monossacarídeo, produzindo água. As valências livres de ambas
as moléculas se unem produzindo a ligação glicosídica (-O-) do tipo alfa ou
beta.
Vale
ressaltar que se houver um grupo amino (NH2), temos uma ligação
N-glicosídica, e não O-glicosídica; e que carboidratos com ligação do
tipo beta, nós não ingerimos, ao contrário do amido,por exemplo, que
apresenta configuração do tipo alfa.
Fonte: http://biomedicinaemacao-unip.blogspot.com.br/2012/02/carboidratos.html
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