terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Falta de carboidratos afeta funcionamento do cérebro

Dieta com baixa ingestão do nutriente prejudica o humor e a capacidade de raciocínio

Uma das primeiras medidas de quem deseja emagrecer é cortar os carboidratos da alimentação. De fato, funciona para perder pedo. O resultado logo aparece na balança porque carboidratos são fontes de energia e, sem elas, o corpo vai queimar suas reservas. Uma fonte rica desse nutriente, a batata, por exemplo, é riscada do cardápio. Mas outras consequências são muito prejudiciais. 

Apesar do aparente sucesso, essa estratégia para emagrecer acarreta dois problemas. Primeiro, o emagrecimento não é saudável. “Se a quantidade ingerida de carboidrato for muito pequena (como ocorre na dieta da proteína), o corpo entra em gliconeogênese e usa massa magra como fonte de energia”, alerta a nutricionista Adriane Antunes de Moraes, professora da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Além disso, falta de carboidratos pode deixar a pessoa de “cara fechada”. A nutricionista explica que o nutriente afeta a produção de serotonina, um neurotransmissor capaz de influenciar o humor.
“Quando os níveis de serotonina caem de forma abrupta, o mesmo acontece com o humor e com a capacidade de raciocínio, deixando você mais propenso a se entupir de carboidratos e a dormir de modo irregular.” A explicação é dada pela nutricionista norte-americana Elizabeth Somer, em seu livro “Coma e seja feliz”.
Ela afirma que o problema é recorrente entre seus pacientes. “Se você se volta para salgadinhos, bolinhos, rosquinhas, mingau, pão, macarrão ou qualquer outro alimento rico em carboidratos quando está se sentindo tenso, nervoso, estressado, rabugento ou cansado, então é provável que você esteja em busca de serotonina”, escreve Elizabeth.
Para não ter a produção de serotonina prejudicada, é recomendado não cortar o carboidrato da alimentação. “Para uma dieta equilibrada, cerca de 50% a 60% do total de calorias deve vir dos carboidratos”, recomenda Adriane.
O princípio das dietas equilibradas está em reduzir as calorias totais, e não apenas aquelas provenientes dos carboidratos. Ou seja, alimentos como a batata podem deixar de ser os vilões da dieta. “Os verdadeiros vilões da alimentação são os excessos de calorias (principalmente das chamadas calorias vazias), de lipídios (principalmente dos saturados, trans e de colesterol), de açúcares e de sódio”, aponta a nutricionista da Unicamp.
Combustível para o cérebro
“A glicose, resultante do metabolismo dos carboidratos simples (açúcar) e dos complexos (amido) é o principal combustível do cérebro”, aponta Adriane. Sem ela, a maioria das células sofre carência do nutriente.
Uma alternativa mais interessante é reduzir mais expressivamente a quantidade de gorduras ingeridas na alimentação. A eficácia é similar a das deitas que cortam carboidratos, mas com duas vantagens.
Além da pessoa não ter o humor afetado, ela obtém algumas vantagens para o metabolismo e para a saúde cardiovascular. Dietas com baixa ingestão de gordura melhoram os índices de colesterol ruim, o LDL, mais rapidamente.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Curiosidade sobre gordura-trans


O que é Gordura Trans?

É uma gordura formada a partir de um processo de hidrogenação artificial feito nas indústrias. Sob alta pressão e temperatura, adiciona-se hidrogênio às moléculas de gordura. “O óleo se torna uma gordura mais consistente e mais durável”  Quimicamente as moléculas da gordura trans se apresentam de forma semelhante as das gorduras não trans; contudo, ambas possuem características diferentes.

Para que servem as gorduras trans?

As gorduras trans formadas durante o processo de hidrogenação industrial que transforma óleos vegetais líquidos em gordura sólida à temperatura ambiente são utilizadas para melhorar a consistência dos alimentos e também aumentar a vida de prateleira de alguns produtos.

Esse tipo de gordura faz mal para a saúde?

Ao contrário de outros tipos de gordura, a trans, além de não ser necessária ao nosso organismo, é extremamente prejudicial à saúde.  Sabe-se que seu consumo aumenta muito o risco de doenças do coração.

 O consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras trans pode causar:

1) Aumento do colesterol total e ainda do colesterol ruim - LDL-colesterol.

2) Redução dos níveis de colesterol bom - HDL-colesterol.
É importante lembrar que não há informação disponível que mostre benefícios a saúde a partir do consumo de gordura trans.

Gordura hidrogenada é o mesmo que gordura trans?

Não. O nome gordura trans vem da ligação química que a gordura apresenta, e ela pode estar presente em produtos industrializados ou produtos in natura, como carnes e leites. A gordura hidrogenada é o tipo específico de gordura trans produzido na indústria.

Quais alimentos são ricos em gordura trans?

A maior preocupação deve ser com os alimentos industrializados - como sorvetes, batatas-fritas, salgadinhos de pacote, pastelarias, bolos, biscoitos, entre outros; bem como as gorduras hidrogenadas e margarinas, e os alimentos preparados com estes ingredientes, biscoitos recheados industrializados, pipoca de micro-ondas, molhos de salada, maioneses, hamburgueres, chocolates, etc.

Como é possível controlar o consumo da gordura trans?

A leitura dos rótulos dos alimentos permite verificar quais alimentos são ou não ricos em gorduras trans. A partir disso, é possível fazer escolhas mais saudáveis, dando preferência àqueles que tenham menor teor dessas gorduras, ou que não as contenham. As indústrias têm até julho de 2006 para adequarem os rótulos de seus produtos.

    Quando vamos ao supermercado, temos o costume de olhar os rótulos dos alimentos para verificar as informações nutricionais, a partir das quais, avaliamos a qualidade dos alimentos. Entretanto, nem sempre essa informação é confiável. Uma pesquisa feita no Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília comprovou tal fato analisando 10 categorias de alimentos, sendo que 19% dos produtos continham uma maior quantidade de gordura trans do que estava declarado na embalagem. Os principais produtos que apresentavam esse equívoco eram o biscoito recheado e o requeijão.
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   Isso evidencia a necessidade de intensificar-se o controle sobre as indústrias, já que essas informações incorretas podem induzir o consumidor a achar que está se alimentando devidamente, enquanto na verdade está ingerindo uma maior quantidade de gordura trans do que imagina.
gordura trans 
     Além disso, a quantidade de gordura trans e de outros componentes nutricionais é apresentada em porções que muitas vezes não se referem à quantidade total de alimento que está contida na embalagem, o que pode levar em uma má interpretação por parte do consumidor.
     A gordura trans em excesso pode se tornar danosa ao organismo. Ela aumenta o LDL (colesterol ruim) e diminui o HDL (colesterol bom). Por isso, devemos ficar em alerta em relação ao consumo desses alimentos.
     De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a ingestão de gordura trans deve ser inferior a 1% do total de calorias consumidas diariamente, o que equivale a aproximadamente 2g de gordura trans para uma dieta de 2000 kcal.

Prostaglandina


Prostaglandinas são sinais químicos celulares lipídicos similares a hormônios, porém que não entram na corrente sanguínea, atuando apenas na própria célula e nas células vizinhas (resposta parácrina). São produzidos por quase todas as células, geralmente em locais de dano tecidual ou infecção, pois estão envolvidos em lidar com lesões e doenças. Elas controlam os processos, tais como a inflamação, o fluxo de sangue, a formação de coágulos de sangue e a indução do trabalho de parto. Eles podem ser usados ​​para tratar úlceras do estômago, glaucoma e doença cardíaca congênita em recém-nascidos e para induzir ao parto.

Síntese


São derivados enzimaticamente dos ácidos graxos poli-insaturados e têm importantes funções no organismo de um animal. A maioria é derivada do ácido araquidónico pela via metabólica da cascata do ácido araquidónico. Toda prostaglandina contém 20 átomos de carbono, incluindo um anel de 5 carbonos. Elas são mediadoras e possuem uma série de fortes efeitos fisiológicos; embora tecnicamente sejam hormônios, elas raramente são classificadas como tais.

As prostaglandinas, juntamente com os tromboxanos e as prostaciclinas formam a classe dos prostanoides, derivados de ácidos graxos; a classe dos prostanoides é uma sub-classe dos eicosanoides.

A cascata do ácido araquidónico ocorre por ação de diferentes enzimas como a ciclooxigenase (COX), lipooxigenase (LOX), o citocromo P-450, peroxidases, etc. A cicloxigenase dá origem a prostaglandinas, tromboxano A-II e prostaciclina (PGI2); a lipoxigenase dá origem aos ácidos HPETEs, HETE e a leucotrienos; o citocromo P-450 produz HETEs e hepóxidos (EETs).

A via pela qual o ácido aracdônico é metabolizado a eicosanoides depende do tecido, do estímulo, da presença de indutores ou inibidores endógenos e farmacológicos, entre outros.

Sua presença no organismo é exclusivamente dependente da sua síntese a partir de ácidos graxos disponíveis. Sua biossíntese ocorre em duas etapas:

1° etapa: liberação dos precursores que ocorre por meio da ação da enzima fosfolipase-A2, responsável pela liberação dos ácidos graxos precursores. A ativação desta enzima se dá por uma enorme variedade de estímulos fisiológicos, patológicos e farmacológicos.
2° etapa: síntese de prostaglandinas que acontece a partir de precursores liberados e pela intervenção da enzima cicloxigenase.