Prostaglandina
Prostaglandinas são sinais químicos celulares lipídicos
similares a hormônios, porém que não entram na corrente sanguínea, atuando
apenas na própria célula e nas células vizinhas (resposta parácrina). São
produzidos por quase todas as células, geralmente em locais de dano tecidual ou
infecção, pois estão envolvidos em lidar com lesões e doenças. Elas controlam
os processos, tais como a inflamação, o fluxo de sangue, a formação de coágulos
de sangue e a indução do trabalho de parto. Eles podem ser usados para tratar
úlceras do estômago, glaucoma e doença cardíaca congênita em recém-nascidos e
para induzir ao parto.
Síntese
São derivados enzimaticamente dos ácidos graxos
poli-insaturados e têm importantes funções no organismo de um animal. A maioria
é derivada do ácido araquidónico pela via metabólica da cascata do ácido
araquidónico. Toda prostaglandina contém 20 átomos de carbono, incluindo um
anel de 5 carbonos. Elas são mediadoras e possuem uma série de fortes efeitos
fisiológicos; embora tecnicamente sejam hormônios, elas raramente são
classificadas como tais.
As prostaglandinas, juntamente com os tromboxanos e as
prostaciclinas formam a classe dos prostanoides, derivados de ácidos graxos; a
classe dos prostanoides é uma sub-classe dos eicosanoides.
A cascata do ácido araquidónico ocorre por ação de
diferentes enzimas como a ciclooxigenase (COX), lipooxigenase (LOX), o
citocromo P-450, peroxidases, etc. A cicloxigenase dá origem a prostaglandinas,
tromboxano A-II e prostaciclina (PGI2); a lipoxigenase dá origem aos ácidos
HPETEs, HETE e a leucotrienos; o citocromo P-450 produz HETEs e hepóxidos
(EETs).
A via pela qual o ácido aracdônico é metabolizado a
eicosanoides depende do tecido, do estímulo, da presença de indutores ou
inibidores endógenos e farmacológicos, entre outros.
Sua presença no organismo é exclusivamente dependente da sua
síntese a partir de ácidos graxos disponíveis. Sua biossíntese ocorre em duas
etapas:
1° etapa: liberação dos precursores que ocorre por meio da
ação da enzima fosfolipase-A2, responsável pela liberação dos ácidos graxos
precursores. A ativação desta enzima se dá por uma enorme variedade de
estímulos fisiológicos, patológicos e farmacológicos.
2° etapa: síntese de prostaglandinas que acontece a partir
de precursores liberados e pela intervenção da enzima cicloxigenase.
Nenhum comentário:
Postar um comentário